O crime, que aconteceu em 1970, não deixou o pai de Maitê preso
“Não gosto de falar muito sobre isso. Tínhamos uma família perfeita, eu tocava vários instrumentos, praticava esportes e falava idiomas’
A atriz Maitê Proença voltou a relembrar a morte de sua mãe, que foi assassinada com 16 facadas pelo próprio marido. Maitê esteve na 8ª edição da Semana da Justiça pela Paz em Casa, na última segunda-feira (21), no Rio de Janeiro.
“Não gosto de falar muito sobre isso. Tínhamos uma família perfeita, eu tocava vários instrumentos, praticava esportes e falava idiomas. Minha mãe tocava piano de cauda e meu pai, quando chegava em casa à noite, contava histórias e fábulas da mitologia, havia mágica“, contou ela.
“Depois da morte da minha mãe, ele foi morar em uma chácara e, mais tarde, morou em um manicômio. Eu perguntei a ele porque não atirou em minha mãe e ele disse que a faca era uma extensão do corpo dele“, revelou a atriz.
O crime, que aconteceu em 1970, não deixou o pai de Maitê preso. Graças a ela, ele foi inocentado. “Eu acho que aquele homem não era um assassino. Ele tinha cometido aquele gesto de loucura que tinha destruído a nossa casa, mas não continuaria naquela prática. Essa grande violência acontece em uma escala, não acontece num rompante. A situação neurótica é que leva a isso. Acho que minha mãe não foi cautelosa, porque ela conhecia a pessoa rígida que era o meu pai. Faltou alguma coisa na forma de agir daquela família“, concluiu.
Fonte: Otvfoco